Magic Paula

Magic Paula

Ninguém se torna um grande atleta por acaso. Talento apenas não é suficiente.
É preciso ter determinação, motivação, espírito de equipe, disciplina, comprometimento, perseverança, garra e muita paixão pelo que se faz.

O atleta encontra em sua carreira os mesmos desafios que qualquer outro profissional do mercado. É por isso que a trajetória de Paula serve como exemplo para motivar e expandir as possibilidades de quem também quer ser um vencedor, não importa a área em que atue.

Em uma palestra de aproximadamente 70 minutos, com muitas fotos e vídeos, Paula faz uma analogia entre os desafios nas quadras e os desafios que encontramos na vida profissional e pessoal.
É uma excelente oportunidade de conhecer quais diferencias foram necessários para escrever uma história de conquistas e sucesso.

Trajetória:

Paula começou a jogar com apenas dez anos de idade e destacou-se tanto que, em 1974, foi convidada pelo técnico do Assis Tênis Clube para integrar o time da cidade.

Paula jogou tanto como ala quanto como armadora, e mostrou eficiência fazendo assistências, cobrando lances livres e convertendo cestas de três pontos. Após um ano e meio, o time acabou. Paula foi então para Jundiaí, jogar na equipe do Colégio Divino Salvador. Passados três meses, com apenas catorze anos, foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira adulta. Depois de quatro anos no Divino, já consagrada, Paula transferiu-se para o Unimep, em Piracicaba. Lá jogou durante oito anos, até que voltou para o Cica/Divino Salvador. Pouco tempo depois, a jogadora resolveu dar uma guinada na carreira e aceitou a proposta do time espanhol Tintoretto. Porém, uma lesão no joelho e uma certa dificuldade de adaptação ao estilo de treino da equipe espanhola colaboraram para que Magic Paula voltasse ao Brasil, em 1991, quando vestiu a camisa do BCN/Piracicaba.

Nos Jogos Pan-americanos de Havana, realizados em 1991, a seleção brasileira feminina disputou as finais do torneio com as próprias cubanas e Fidel Castro compareceu ao jogo. Nesse jogo, Magic Paula brilhou no segundo tempo: fez cinco arremessos de três pontos e acertou quatro, e as brasileiras venceram por 97 a 76. Na entrega da medalha de ouro, Fidel Castro pediu para Paula ficar de costas e apontando para sua camisa, fez um gesto negativo com o dedo como se tivesse a intenção de não entregar o ouro à atleta e, brincando, chamou-a de “bruxa”.

Em 1993, Paula foi para a Associação Atlética Ponte Preta, em Campinas, onde jogou ao lado de Hortência e conquistou o título mundial de clubes. Após certos confrontos pessoais com Hortência, Paula voltou à Piracicaba para defender o Unimep. Em 1994, ela conquistou o título inédito do campeonato mundial de seleções, realizado na Austrália, onde a seleção brasileira derrotou os Estados Unidos, na semifinal, por 110 a 107, e a China na partida decisiva, por 96 a 87.

Em 1996, já jogando pelo Microcamp, além de ser campeã paulista pela oitava vez, brilhou novamente na seleção nos Jogos Olímpicos de Atlanta, conquistando a medalha de prata. Despediu-se da seleção brasileira, mas continuou na quadra, disputando os campeonatos paulistas e nacionais, até o adeus definitivo, com a camisa do BCN/Osasco, no início de 2000.

Em 2001 foi convidada pela Prefeitura de São Paulo para assumir o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, iniciando sua carreira como gestora esportiva.
Em 2003 assumiu a Secretaria de Esporte de Rendimento, no Ministério do Esporte, permanecendo por seis meses.
Em 2004 criou o Instituto Passe de Mágica.
Em 2005 voltou a ser convidada para dar sequência ao trabalho realizado entre 2001 e 2003 no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa.

Ainda em 2005, Magic Paula foi oficialmente confirmada para integrar o Hall da Fama do Basquete Feminino e, em abril de 2006, ela embarcou para Knoxville, no Tennessee, para participar da cerimônia.

Em 2010, um novo eixo no Instituto Passe de Mágica foi criado. A entidade passou a fazer a gestão dos recursos da Petrobras, a maior apoiadora do Esporte Olímpico nacional, no Projeto Plataforma 2016 (segmento de esporte de alto rendimento do Programa Petrobras Esporte & Cidadania). Mais de 100 atletas em cinco modalidades – boxe, esgrima, levantamento de peso, remo e taekwondo – começaram a ser beneficiados.

Em 2013 foi homenageada com o hall da fama da FIBA (Federação Internacional de Basquete).

Paula é a segunda maior pontuadora da história da seleção brasileira adulta, tendo marcado 2.537 pontos em 150 partidas oficiais (foi a que mais jogou), média de 16,9 pontos por partida.

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