Marcelo Starobinas

Marcelo Starobinas

Jornalista com experiência em relações internacionais, começou a atuar como roteirista em Londres, onde escreveu o longa metragem Jean Charles.
Graduou-se mestre em Roteiro de Ficção pela Columbia University.

Premiações:
Bolsa Fulbright-Capes para Roteiristas –
Mestrado em Cinema (MFA in Film) na Columbia University
British Council Chevening Scholarship, 2000-2001 – Mestrado em Relações Internacionais na SOAS (University of London)
Reuters Foundation – participante do programa Writing International News em Londres, maio 1999

De volta ao Brasil, dedica-se a novos projetos de longa-metragem e na criação e desenvolvimento de séries de ficção.

Trabalha também como script doctor e professor – em São Paulo, ministra a sua Oficina de Longas e, no Rio de Janeiro, é professor-assistente dos cursos intensivos de série de TV da Columbia University.

É integrante da Autores de Cinema (AC).

Como repórter, redator e correspondente internacional destacam-se passagens pelos seguintes veículos:
– O Estado de São Paulo
– Folha de São Paulo
– BBC de Londres (BBC Brasil).

É fluente em inglês, espanhol e francês.

 

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A palestra:
Reflexões de um cadeirante: A premissa da solidariedade

Aos 22 anos, ao mergulhar num rio, o jornalista Marcelo Starobinas sofreu uma lesão medular que o deixou paraplégico. Após seis meses de reabilitação, conseguiu um novo trabalho na redação da Folha de São Paulo. E voltou a fazer o que sempre amou: viajar o mundo.

Conheceu lugares no Brasil, na Europa e na Ásia de acessibilidade precária, muitas vezes viajando sozinho. Venceu os temores iniciais e foi descobrindo que, com a solidariedade das pessoas, chegaria mais longe do que imaginava logo após seu acidente.

A partir de sua experiência de 18 anos como cadeirante, Starobinas desenvolve nesta palestra o princípio da “premissa da solidariedade”.

Fala-se demasiado sobre o egoísmo, a capacidade do ser humano de causar mal aos outros. E muito pouco sobre uma imensa maioria silenciosa – os amigos, familiares, colegas de trabalho, e mesmo os desconhecidos que ajudam-se o tempo todo em toda parte.

Na visão de Starobinas, é graças a este “espírito de formigueiro” que ele tem conseguido transitar pelo mundo, ter uma vida semelhante à de pessoas sem limitações de locomoção e uma trajetória profissional bem-sucedida.

Deixar-se ajudar, porém, nem sempre é simples. Somos orgulhosos, competitivos, gostamos de esconder nossas fraquezas. Para uma pessoa que perde a capacidade de locomoção, este é um dos maiores desafios. Aceitar as limitações, para que elas deixem de ser limitadoras.

Isso vale para todos. Ninguém sabe de tudo nem pode tudo. A presunção ou busca pela autossuficiência é um engano. É preciso reconhecer aquilo que não sabemos ou não somos capazes de realizar sozinhos. E buscar quem nos complemente, quem nos ajuda. Acreditar que há pessoas dispostas a abrir portas, a trocar, colaborar.

Esta maneira de encarar o mundo como um lugar menos hostil nos lança para a vida, estimula a proatividade, a multiplicação de relações de trabalho e de amizade, tem efeitos positivos na vida pessoal e profissional.

 

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