João Carlos Martins – Maestro

O maestro João Carlos Martins iniciou seus estudos ainda bem jovem, e aos 8 anos seu pai o inscreveu em um concurso para executar obras de Bach, e João Carlos venceu seu primeiro desafio.

Começou a estudar no Liceu Pasteur e, com 11 anos, já estudava piano por seis horas diárias. Teve, no Liceu, aula com o maior professor de piano da época, um russo radicado no Brasil, chamado José Kliass.

Venceu o concurso da Sociedade Brito de São Petersburgo, e seus primeiros concertos trouxeram a atenção de toda a crítica musical mundial. Foi escolhido no Festival Casals, dentre inúmeros candidatos das três Américas para dar o Recital Prêmio em Washington. Aos vinte anos estreou no Carnegie Hall, patrocinado por Eleanor Roosevelt. Tocou com as maiores orquestras norte-americanas e gravou a obra completa de Bach para piano.

Após vários tratamentos, recuperou parte dos movimentos da mão, mas com o passar dos anos desenvolveu uma nova doença, que o fez parar de tocar. Após alguns anos, sua paixão pela música o fez retornar, utilizando o movimento de suas mãos, criando assim um estilo único de tocar, apenas com a mão esquerda. Porém, após realizar um concerto em Sofia, na Bulgária, foi vítima de um assalto, e um golpe na cabeça o fez perder novamente parte do movimento das mãos.

Mesmo assim foi atrás de diversos tratamentos, e conseguiu tocar utilizando apenas os dedos que podia de cada mão, e mesmo com extrema dificuldade conseguiu exercer sua paixão. Começou também a estudar a arte de reger uma orquestra.

Incapaz de segurar a batuta ou virar as páginas das partituras dos concertos, João Carlos faz um trabalho minucioso de memorizar nota por nota, demonstrando ainda mais seu perfeccionismo e dedicação ao mundo da música.

Sua apresentação inicia com um vídeo de que retrata toda a vida artística de João Carlos Martins, passando pelo início de sua carreira no piano, com um concerto triunfal com o maestro Zubin Metha até os acidentes das mãos, o fim da carreira de piano e o início na carreira como regente.

Após o vídeo, o maestro falará por cerca de 35min. e abordará temas como resiliência, superação, foco em resultado, trabalho em equipe, adversidades, etc. Nos 20 min. finais Martins tocará ao piano uma peça de J. S. Bach e Tom Jobim acompanhado por um quinteto.

O quinteto faz parte da Filarmônica Bachiana – A qualidade dos músicos da Filarmônica Bachiana, selecionados entre as melhores orquestras brasileiras, e tem sido elogiada pelo mundo afora. São profissionais que fazem questão de aprimorar seu talento com trabalho e estudo.